_Quantas pessoas podemos amar?
Clarisse se pergunta todos os dias, quantas pessoas podemos amar? Quantas vidas podemos viver?
Os anos passam mas as lembranças não, Clarisse lembra de quantos amores teve, amores bobos de colégio, amores sérios na adolescência, e um único amor quando adulta...
Cigarros, Beatles, lembranças, algum remédio que a faça sonhar ou esquecer, os dias são iguais, de manhã ela tem que parar de sonhar para poder acordar e a noite tem que esquecer para poder dormir, trabalhar durante o dia, estudar à noite, fingir um sorriso quando chega e sentir-se aliviada quando parte...
Finais de semana perdidos, entre maços e garrafas, papos furados e amigos, saudades e planos, lembranças e esperança, assim ela vive, lembrando de quem já a esqueceu e esquecendo aqueles que ainda se lembram.
Em muitos desses dias Clarisse lembra da única vez que sentiu mesmo que amava, que sentiu correndo por suas veias, pelo seu corpo, hoje sofre por ter perdido o seu único amor quando adulta, talvez hoje não tivesse que dividir seus dias entre maços e garrafas, suas noites entre demônios e remédios pra dormir, acreditar que abriu mão da sua felicidade pela dele soa ate bonito, mas saber que além disso o orgulho falou mais alto, e assumir isso fica difícil quando não se sabe pra onde está indo, ou por que esta indo...
Talvez seja efeito do vinho ou da vida, ela adora esse trecho da musica, não por menos, o vinho fez parte da sua adolescência e ajudou a encontrar o verdadeiro amor, aquele mesmo que ela jura que não ama mais e que deixou ir pela felicidade dele.
Clarisse vive cada dia como se fosse o último, entre garrafas e maços, lembranças e esperanças, esperando e vivendo, mas acima de tudo querendo descobrir quantas pessoas podemos amar...
Monday, February 12, 2007
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1 comment:
Clarisse é mesmo uma pessoa muito solitária... só não vive mais sozinha porque os monstros que tumultuam sua mente são muitos e a perseguem. No fundo, cercada de "amigos", ela não tem com quem compartilhar suas angústias. Só com os leitores de seus contos, Rodrigo! :)
Abraços! (Ah, apareça no meu blog para conhecer a Catarine. Não é personagem recorrente, como a Clarisse, mas mesmo assim gostaria de te "apresentar" a ela, rsrsrs).
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