_Alô!
_Oi.
_Filha? Quanto tempo!
_Oito meses pai...
_Você tá bem?
_Às vezes.
_Hum! Então... (Clarisse interrompe) _Posso passar o fim de semana aí?
_Claro, claro!
Quatro horas de viagem, paisagens que já não lembrava, sol quente, cheiro forte, barulho e risadas. A cada segundo Clarisse pensa em desistir, em voltar, bastava descer na próxima estação, não seria a primeira vez e não seria a última. Fica em seu lugar estação após estação, até que o trem pára, as poucas pessoas que ainda estavam alí começam a descer, uma a uma, Clarisse por sua vez não se move, não pisca, não fala, o barulho torna-se silêncio, as risadas já não existem mais, os únicos sons que ela escuta são o seu estômago roncando e seu coração batendo rápido.
_Moça, moça chegamos!
De repente Clarisse sai do transe, na sua frente uma jovem de uniforme azul, simpática por sinal, sorridente a ajuda com suas coisas. Clarisse levanta anda pelo vagão a caminho da porta, desce, pensa e sorrí tímida, mas sorri...
_Demorei? _Oito meses, oito longos meses...
Risadas e abraços, lágrimas e beijos, Clarisse estava em casa, feliz, ria sem precisar de ajuda e abraçados eles foram para o carro, rindo e felizes como os pais e filhos devem ser...
Monday, March 12, 2007
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2 comments:
tantas vidas podemos viver dentro de uma vida...
Lar, doce lar! :)
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